quarta-feira, 1 de abril de 2020

É... Voltei!

Há muito anos atrás eu resolvi criar o meu primeiro blog.
Sem grandes expectativas ou regras, simplesmente entrava, postava, lia alguns outros blogs e me deslogava.
Para resumir, e muito, eu sempre estive por aqui; eu sempre fui blogueira!
Mas sou uma blogueira nascida em outras época, da vanguarda, dos velhos tempos...

Tempos em que não existiam os mil seguidores, os publi-post, as "parcerias", o mundo ideal, as propagandas e todo este mercado que movimenta bilhões que são as redes sociais.  
Confesso que tomei certa aversão por tudo isso e acabei de afastando do que mais amava fazer: escrever!
Em minha adolescência, que foi praticamente ontem (😆), escrever salvou meus dias.
Me tornou uma pessoa esclarecida, curiosa e leitora das mais diversas ciências e assuntos.
Durante anos, dediquei-me quase que exclusivamente aos estudos; me perdi e me reencontrei, fui e voltei, morri e renasci.
Dar de cara com a morte, nos faz repensar a vida, as razões, os motivos... tudo.
Quem um dia disse que a morte muda vidas, acerto em cheio.
Eu tive o meu momento, foi uma loucura e eu demorei muito a me recuperar.
Não satisfeita, desafio-me novamente... Ousada, astuta, perspicaz e implacável.
Ainda sim, não conseguiu ferir-me. Ousaria afirmar que ela tentou mais três vezes (me foge a  memória).
Até que finalmente ela conseguiu de fato me ferir, e feriu de morte, literalmente!
Morte de metade de mim, da minha pureza, da minha crença em dadas pessoas, de determinadas denominações religiosas, de dadas entidades, de pseudo amizades, de ódios (muitos ódios), de seres humanos que hoje, para mim, são absolutamente nada, de formalidades, de familiares, de ritos, de regras, da medicina, da crença, das certezas, da esperança, da vida... Enfim, ela levou o meu pai e, devido às circunstâncias, com ele foi tudo isso junto.
Eu lembro-me claramente de cada detalhe, de cada abandono, de cada desdém, de cada cheiro, de cada minuto, de cada oração, de cada abraço, de cada fome, de cada frio, de cada medo, de cada suspiro...
Eu jamais irei me esquecer... E serei, sempre, muito grata pelas delicadezas de Deus para comigo.
Meu pai e eu estamos exatamente onde deveríamos estar, eis um fato! 
Agora, o que aconteceu em decorrência do agravamento de seu estado de saúde e falecimento... Isso sim, me modificou para sempre. 
Lembro-me que escrever (em meu diário, fotolog, blog, ect.), salvou minha vida na adolescência.
Hoje, mulher feita, madura, consciente, competente e responsável, desafio-me a voltar a escrever.
Com uma nova visão do mundo, cheia de novas experiências e perspectivas à serem partilhadas.
E é exatamente por isso que hoje estou aqui,  para retomar um velho hábito que eu jamais deveria ter abandonado. 
E assim seguiremos, firmes e fortes como tem que ser!
Beijinhos e tchaaaaau.

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